sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Japan House - São Paulo - Viver São Paulo, Grupo "C"

Japan House - São Paulo
Passeio Viver São Paulo "C"
26/09/2019


Japan House São Paulo inaugurado em 6 de maio de 2017, na Avenida Paulista, já provou ser mais do que apenas um centro cultural, mas uma ponte de intercâmbio entre o Japão contemporâneo através da cultura, educação, tecnologia e até mesmo negócios, o projeto é uma iniciativa internacional do Governo Japonês para mostrar uma visão do Japão moderno para o mundo.



Nosso Passeio ao Japan House, do Grupo Turismo Social - Viver São PauloGrupo "C", da UnATI - Each - USP Zona Leste, foi monitorado pela guia Gabriela da Japan House e nossa monitora Thayna F. de Jesus. Nesta ocasião tivemos a supervisão de nosso Coordenador: Marcelo Vilela de Almeida.

              








Japan House - Vídeo Apresentação


           





A cidade de São Paulo foi a primeira a receber o projeto do Japan House, que conta com unidades também em Londres e Los Angeles, além do Japão.



São Paulo por ser umas das cidades escolhidas não é por menos, já que a cidade possui a maior população de origem japonesa fora do Japão e têm uma forte relação com a cultura japonesa, prova disso é o bairro da Liberdade.


Japan House - Vídeo

Mensageiro de flores pelo artista Toshin


Ātisuto azumamakoto ni yoru furawāmessenjā

 Além da tradição, o Japan House busca a essência da modernidade com um olhar no presente e no futuro.

      Bambus no terraço do Japan House no 3º andar, ao fundo torres do Sesc e Itaú Cultural


Arquitetura

O prédio do Japan House São Paulo se destaca de qualquer outro na Avenida Paulista, a sua fachada de 36 metros de largura e 11 metros de altura composta de 630 peças de madeira hinoki 
(pinheiro típico do Japão), que foi encaixada por cinco artesões vindo diretamente do Japão, deixa no mínimo quem passa em frente, curioso e atraído por essa floresta no meio da paulicéia, mas sua arquitetura não é apenas singular, ela representa a essência de intercâmbio do Japan House.


Japan House - Vídeo - Conceito



O projeto do Japan House São Paulo foi desenvolvido pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, que desenvolveu projeto vencedor para o novo Estádio Olímpico de Tokyo para as Olimpíadas de 2020 em parceria com o escritório paulistano
FGMF, criando essa troca intelectual entre os dois países, o prédio que antes abrigava uma agência bancária foi todo convertido para abrigar traços japoneses e brasileiros. 



A fachada de madeira hinoki trazida do vale do Kiso, mescla com os cobogós, elemento vazado feito com tijolo e cimento que surgiu no nordeste na década de 20, que no Japan House ganha versão de concreto em fibra. Os ambientes externos foram pensando para serem de uso múltiplo, com divisórias retráteis e portas de correr que sugerem uma névoa, a decoração é minimalista mas reparem na massa de papel artesanal washi  (feita de fibra da planta Kouzo dissolvida em água) que cobre os forros e divisórias.



A tecnologia também marca presença, destaque para o banheiro com a privada tecnológica da marca japonesa Toto, autolimpantes, com assento aquecido que conta ainda com jatos de limpeza, que podem ser controlados por botões, nem que seja pela curiosidade vale uma conferida. 

No total o Japan House São Paulo possui 2.500 m² dividido em três andares, que conta com um terraço no terceiro andar e ainda um pátio externo (soto-doma) e um jardim relaxante no térreo. 


Exposições 
Com exposições temporárias com duração em torno de dois meses o Japan House São Paulo têm a proposta de exibir várias exposições durante o ano, com áreas expositivas no térreo e no terceiro andar, as exposições buscam através de diversos temas como cultura, arte e inovações mostrar um Japão moderno combinado com suas tradições. 
NUNO – Poéticas têxteis contemporâneas
De: 20 de agosto a 27 de outubro 2019




O universo têxtil japonês com sua riqueza e variedade de tecidos e estampas é a nova vertente da cultura japonesa a ser apresentada na Japan House São Paulo por meio da exposição ‘NUNO – Poéticas têxteis contemporâneas’, em cartaz de 20 de agosto a 27 de outubro de 2019. A mostra destaca peças criadas pela designer japonesa Reiko Sudo, da marca NUNO (palavra que significa tecido, em japonês) que desenvolve linhas estéticas, materiais e técnicas, muitas vezes reinterpretando a tradição têxtil do Japão para o mundo contemporâneo.

Na exposição, com curadoria de Adélia Borges, crítica e historiadora de design; e de Mayumi Ito, consultora e fundadora do projeto comunitário Amaria, serão exibidos 35 diferentes tecidos feitos a partir de matérias-primas que vão de bashofu (fibra de bananeira produzida na ilha de Amami da província de Kagoshima, no Japão), a páginas de jornais, passando por washi (papel japonês), aço inox, plástico, borrachas, penas até materiais tradicionais, como algodão, seda, poliéster, lãs e feltro. A mostra ressalta a contribuição singular da NUNO para o design mundial contemporâneo com uma seleção de tecidos que evidencia a diversidade das técnicas, texturas, materiais e cores, incluindo as formas de produção artesanal, semi-industrial e industrial. Para expor tão rica extensa variedade de peças, o arquiteto Pedro Mendes da Rocha, responsável pela expografia da mostra, se inspirou na organicidade da vida e para apresentar uma grande árvore no térreo do centro cultural, cujos ‘galhos’ e ‘folhagens’ são representados por painéis, de 3,5m de largura, cada qual com um diferente tecido.

Como parte da mostra ‘NUNO – Poéticas têxteis contemporâneas’, a entrada do centro cultural se transformará em uma vitrine com uma correnteza de koinoboris, carpas estilizadas típicas do Japão, símbolos de saúde e longevidade, feitas com diferentes tecidos. A exposição também traz uma série de amostras manuseáveis a serem exploradas pelo público como o Tanabata (2004), tecido de poliéster em formas de origami que cria sensação de movimento, ou o Kibiso Futsu Crisscross (2008), que reaproveita fibras do casulo de seda, antes descartadas pelo difícil manuseio.

Adélia Borges e Mayumi Ito ressaltam a importante preocupação da NUNO em manter pequenas tecelagens japonesas ativas e, assim, valorizar essas técnicas ancestrais do feito à mão, reavivando esses processos com novos materiais e tecnologias. Para elas, Reiko Sudo também propõe um novo olhar para o belo, ressignificando, por exemplo, o processo da ferrugem que é utilizado no tingimento de tecidos.

Com itens presentes no acervo de importantes museus internacionais, como o MoMA Museum of Modern Art (Nova Iorque) e Victoria & Albert (Londres), a NUNO com a designer Reiko Sudo costura no limiar entre o absoluto manual e o extremo high-tech. Fundado em 1984, na cidade de Tóquio, NUNO é considerado um dos melhores laboratórios de pesquisa têxtil da atualidade com sua proposta de experimentação contínua em unir materiais, técnicas e processos para a obtenção de tecidos singulares em um genuíno centro de experimentações.

"O trabalho realizado pela Reiko Sudo à frente da NUNO é surpreendente e admirável. Após mais de 30 anos de fundação da marca, Reiko continua suas pesquisas com criatividade única contribuindo para o design internacional com suas inovações, mesmo quando está trabalhando sob a premissa de técnicas tradicionais", declara Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo.



Reiko Sudo: Designer da NUNO






















Nascida em Ishioka, província de Ibaraki, no Japão, Reiko Sudo graduou-se na Universidade de Arte de Musashino e, depois, foi ajudante no laboratório têxtil do curso de Design Industrial, na mesma universidade onde se formou. Em 1984, participou da fundação da empresa NUNO, onde atualmente é a presidente.

Em 2002, criou a marca “NUNO WORKS”. Foi premiada, em 1994, com o prêmio Losco (Nova Iorque); em 1999, na categoria JID; em 2007, o prêmio Design do dia a dia, além de outras premiações da área. Em 2005, recebeu o título de mestre honorária pela Universidade de Arte Criativa (UCA – Inglaterra).

Desde 2008 é consultora de design da empresa As que fornece materiais para a MUJI e, em 2016, tornou-se membro do comitê de consultoria da MUJI. Também publica desde 1997, a série NUNO NUNO BOOKS.

Tem itens presentes no acervo de 26 museus ao redor do mundo, como MoMa (Nova Iorque), The Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque), Museum of Fine Arts (Boston), Cooper Hewit (Nova Iorque), Victoria and Albert Museum (Londres) e The National Museum of Modern Art (Tóquio).


Tsuyoshi Tane | Arqueologia do Futuro – Memória & Visão
  • Data
  •    
  • 06.08.2019―13.10.2019


Estonian National Museum - Tartu, Estonia 2006-16 
photo: Arp Karm (ENM) / image courtesy of DGT.

JAPAN HOUSE SÃO PAULO CONVIDA A UM MERGULHO PELO PROCESSO CRIATIVO DO ARQUITETO TSUYOSHI TANE EM ‘ARQUEOLOGIA DO FUTURO - MEMÓRIA & VISÃO’
A arquitetura japonesa, referência no cenário internacional, é novamente evidenciada na Japan House São Paulo, desta vez, em exposição que apresenta em detalhes o trabalho de Tsuyoshi Tane, arquiteto nipônico destaque na cena mundial atual. “Tsuyoshi Tane | Arqueologia do Futuro - Memória & Visão” fica em cartaz de 06 de agosto a 13 de outubro de 2019, e é um convite para um mergulho pelo processo criativo de desenvolvimento de projetos do profissional.



TSUYOSHI TANE | ARQUEOLOGIA DO FUTURO - MEMÓRIA E VISÃO - Vídeo



Instalada no segundo andar do centro cultural, a mostra retrata o universo criativo de Tane. Ao todo, serão apresentados 15 projetos - criados entre 2006 e 2019 - representados por meio de 600 objetos, entre eles cinco maquetes de grande porte, modelos de estudo e os mais diversos materiais e utensílios encontrados nos locais de cada projeto. Além disso, cerca de 2.000 imagens ocupam o espaço expositivo, das paredes ao chão. Todos os itens fazem parte do processo de trabalho desenvolvido por Tane, por meio do qual ele realiza uma pesquisa arqueológica, seguindo seu Manifesto ‘Arqueologia do Futuro’, em que ele busca histórias e referências locais para a elaboração de cada concepção, e que, de alguma forma, servirão como inspiração para o futuro. Dentro desta lógica, sua arquitetura manifesta as memórias do lugar como princípio norteador dos projetos.

Com curadoria do próprio arquiteto, a exposição em formato de pesquisa arqueológica foi pensada de forma a atrair e despertar os sentidos do espectador. 





Archaeological Research, 2018 - Atelier Tsuyoshi Tane Architects

“Tane tem uma filosofia arquitetônica muito especial, buscando a criação de lugares, e não de espaços simplesmente funcionais ou vazios. Lugares com memória e sentido, com capacidade para melhorar o futuro”, afirma Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo.

Entre as maquetes apresentadas, se destaca o trabalho feito em 2006, em que o então jovem arquiteto com 26 anos, ganha reconhecimento global como autor do projeto vencedor do concurso internacional para projetar o Museu Nacional da Estônia (finalizado em 2016), junto com os seus sócios Dan Dorell e Lina Ghotmeh. Concebida a partir de profunda pesquisa histórica, a obra é um prolongamento dos restos de uma pista de pouso soviética, ressignificada pela sua intervenção, e que exemplifica de maneira perfeita a relação entre passado e futuro do lugar, buscada pelo arquiteto. Em 2017, o arquiteto fundou em Paris o Ateliê Tsuyoshi Tane Architects, expandindo assim suas atividades.

Para Tane, começar um novo projeto significa olhar para o mais longe possível da história daquele espaço. “Escavo o passado para encontrar memórias que estão embutidas em lugares. É um processo de descobertas que constrói o futuro e, é isso que impulsiona nossa curiosidade. A partir do encontro com as memórias do local que foram esquecidas, apagadas ou desaparecidas pela modernidade, nascem os conceitos que conectam para futuro”, relata.






10 kyoto. Kyoto, Japan 2017 - Atelier Tsuyoshi Tane Architects


Kofun Stadium - New National Stadium Japan Tokyo, Japan 2012 - image: courtesy of DGT.
Projeto 2º colocado para ser o novo Estádio Olímpico de Tokyo

Kofun Stadium - New National Stadium Japan Tokyo - 











Passeio ao Japan House - Tsuyoshi Tane- Arqueologia do Futuro - Viver São Paulo 26/09/2019

Nosso vídeo - Guia: Tiago



Lojas

Se você está atrás de compras de itens japoneses, saiba que o Japan House possui duas lojas, a SHIN que fica no térreo com produtos de design, utensílios, alimentos, bebidas, decoração e artesanato, ela oferece produtos  exclusivos das cinco regiões do Japão e de grandes designs japoneses. 









Biblioteca
A biblioteca localizada no térreo do Japan House conta com uma seleção de aproximadamente 2.000 livros de diversos temas, como arquitetura, arte, gastronomia, design, turismo e outros assuntos selecionados para ampliar o interesse sobre o Japão. As obras estão disponível em português, inglês e japonês, sendo um ótimo lugar pra encontrar material exclusivo sobre o Japão. 













No segundo andar fica a loja Furoshiki, dedicada ao furoshiki que é uma técnica tradicional de embrulho japonês, utilizada para embalar presentes, carregar objetos e até criar lindas bolsas em tecido, você pode até mesmo observar a técnica sendo realizada pelos profissionais da Furoshiki. 




Cafeteria

No térreo do Japan House se encontra a cafeteria IMI Café, que leva no nome uma homenagem aos imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil para trabalhar na cafeicultura, sendo o café o produto que mais representa a ponte entre Brasil e Japão, não podia falta uma cafeteria no Japan House, além da variedades de expressos, outras bebidas servidas no IMi Café são o iced coffee, o drip coffee e chás quentes e frios do tipo matcha e sencha.
 Matcha Special Cake (bolo chiffon de matcha, ganache de chocolate 54% e cremoso de mascarpone)

No cardápio não deixe de experimentar as sobremesas características da confeitaria japonesa, que valorizam ingredientes frescos e a moderação do açúcar, o Matcha Special Cake é a minha sobremesa preferida do IMI Café, seguida do Chocolate Roll Cake e do Ichigo Shori Cake (bolo chiffon com chantilly fresco e morangos), outras opções são o Matcha Chiffon Cake, o Bolo de 3 Mousses de Chocolate e o clássico Choux Cream
Chocolate Roll Cake (chiffon de chocolate com mousse de chocolate 54%)


Restaurante
O restaurante AIZOMÊ, da chef Telma Shiraishi, acompanha a proposta da Japan House São Paulo de mostrar a contemporaneidade e a diversidade do Japão, incluindo a vertente gastronômica. O menu, que reflete a cozinha delicada e autoral da chef, mescla preparações equilibradas em receitas quentes e frias. A utilização dos melhores produtos do campo e do mar são baseados em um extenso trabalho de pesquisa e curadoria de ingredientes, produtores e fornecedores comprometidos com qualidade e dedicação ao ofício.
No cardápio, a chef Telma aposta no conceito dos settos – um conjunto de pratos variados que compõem uma refeição completa, equilibrada e saborosa. Um setto tem como base o gohan (arroz japonês), o misoshiru ou outro caldo e tsukemono. A isso acrescenta-se uma sugestão do dia, com opções variadas de carnespeixes ou vegetarianas - de acordo com os ingredientes da estação, e completa-se o conjunto com pequenas porções de acompanhamentos.
Outras opções são os tradicionais udon (massa japonesa de trigo em grossos fios) e o soba (massa fina de trigo sarraceno japonês), servidos em caldo frio ou quente e com várias sugestões de complementos. 
Pratos de sushi e sashimi também têm seu lugar no cardápio, mas com a proposta do AIZOMÊ de sempre privilegiar os peixes frutos do mar de pesca responsável e sustentável. Um destaque nesse capítulo é o chirashizushi – tigela de arroz temperado para sushi coberto pela seleção do dia de pescados e seus acompanhamentos.



Mural do Eduardo Kobra
Uns dos painéis mais prestigiado do artista Eduardo Kobra está localizado atrás do Japan House no Edifício Ragi, o mural presta homenagem ao arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer
  • possui 52 metros de altura e 
  • 16 metros de largura, 

se destaca com as formas geométricas e coloridas que fazem referências a várias obras do arquiteto como 
  • Copan
  • Pampulha
  • Museu Oscar Niemeyer e 
  • o Palácio do Planalto.

Japan House São Paulo proporciona uma vista privilegiada do mural do Oscar Niemeyer mas também o torna um elemento que compõem a paisagem do edifício, um exemplo é a combinação da estrutura de hinoki com a arte do graffiti do Kobra, uma visão que confirma a proposta do Japan House em compor e fazer parte integramente da cidade, além de ser uma ótima combinação fotográfica. 








Jardim de entrada

Um grande motivo para visitar o Japan House São Paulo é que sua entrada é gratuita em todos os seus dias de funcionamento e além do ingresso sem custo, suas atividades como seminários e workshops também são gratuitas, sendo necessário apenas a retirada de senha, já que possuem número determinado de  participantes.  







Japan House visto por nós Viver São Paulo




Fontes (27/09/2019):


  1. Japan House São Paulo
  2. Japan House Japão
  3. You Tube - Japan House Japan
  4. You Tube - NUNO – Poéticas têxteis contemporâneas
  5. You Tube - TSUYOSHI TANE | ARQUEOLOGIA DO FUTURO - MEMÓRIA E VISÃO
  6. You Tube - Passeio ao Japan House - Tsuyoshi Tane- Arqueologia do Futuro - Viver São Paulo 26/09/2019 - Viver São Paulo "C"
  7. You Tube - Passeio ao Japan House - Grupo Viver São Paulo 26/09/2019
  8. São Paulo Sem Mesmice


Serviço:
Japan House São Paulo
Onde: Avenida Paulista, 52, Bela Vista, São Paulo, SP CEP: 01310-000
Horário: 
terça a sábado, das 10 h às 20 h. 
domingos, 10 h às 18 h.
Entrada: Grátis
Como chegar: