quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Museu de Arte Sacra de São Paulo

Museu de Arte Sacra 
de São Paulo
(Nosso Passeio: 10/10/2019,
 com orientação de Tamara, educadora do museu)




O Museu de Arte Sacra de São Paulo é fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969 e sua instalação data de 29 de junho de 1970
A partir desta data, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar a ala esquerda térrea do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz e a antiga Casa do Capelão, antes administração, e onde, desde 1999, está exposto o acervo de presépios do museu.
A parte mais antiga do complexo foi construída sob orientação de Frei Antônio de Santana Galvão para abrigar o recolhimento das irmãs concepcionistas, função esta que também se mantém até hoje.
O acervo do museu começou a ser formado por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, que a partir de 1907 começou a recolher imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas que sistematicamente eram demolidas após a proclamação da República. Na década de 1970, foi possível ampliar significativamente esse acervo.
Atualmente, as principais atribuições do Museu de Arte Sacra de São Paulo são: 

  • recolher, classificar, catalogar e expor convenientemente objetos religiosos cujo valor estético ou histórico recomende a sua preservação; 
  • expor permanente, pública e didaticamente seu acervo; 
  • promover o treinamento, a capacitação profissional e a especialização técnica e científica de recursos humanos necessários ao desenvolvimento de suas atividades; 
  • incentivar e apoiar a realização de estudos e pesquisas sobre arte sacra e história da arte;
  • promover cursos regulares, periódicos ou esporádicos de difusão, extensão e de treinamento sobre temas ligados a seu campo de atuação.


Ficha Técnica
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Governador do Estado
João Dória
Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Sérgio Sá Leitão
Secretária Adjunta
Cláudia Pedrozo
MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO
Diretor Executivo
José Carlos Marçal de Barros
Diretor de Planejamento e Gestão
Luiz Henrique Marcon Neves

INFORMAÇÕES:

HORÁRIO

FUNCIONAMENTO
Terça a domingo – 9h às 17h
Presépio Napolitano – 10h às 11h e das 14h às 15h
Segundas 
– fechado
A bilheteria funciona até 30 minutos antes do fechamento do Museu.

INGRESSOS

Sábado: gratuito
Demais dias: R$ 6,00 (estudantes pagam meia)
Isentos: idosos acima de 60 anos; crianças até 7 anos; professores da rede pública (com identificação) e até 4 acompanhantes; Policiais Militares, Civis e da Polícia Técnico-Científica, aposentados, pessoas com deficiência e guias cadastrados no ministério do turismo (CADASTUR).
AGENDAMENTO DE GRUPOS
(11) 3326.3336 | opção 1 da gravação
agendamento@museuartesacra.org.br
O agendamento será efetivado com grupos de no mínimo 10 pessoas.

LOCALIZAÇÃO

Endereço:
Avenida Tiradentes, 676
Luz – São Paulo/SP
CEP 01102-000
Metrô:
Estação Tiradentes (Linha Azul - 1)
Estacionamento gratuito:
Rua Dr. Jorge Miranda, 43 – Luz – São Paulo – SP
O estacionamento possui bicicletário e vagas exclusivas para idosos e deficientes.


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Museu de Arte Sacra de São Paulo é uma das principais instituições brasileiras voltadas ao estudo, conservação e exposição de objetos relacionados à arte sacra

Localiza-se na cidade de São Paulo, na ala esquerda do Mosteiro da Luz, um convento de recolhimento de monjas enclausuradas, fundado em 1774 por iniciativa de Frei Galvão (1739-1822) onde estão seus restos mortais, foi o primeiro santo brasileiro

O mosteiro é a única edificação colonial do século XVIII em São Paulo a preservar seus elementos, materiais e estrutura originais. 

Encontra-se inserido em meio à última chácara conventual urbana do país. Foi tombado como monumento arquitetônico de interesse nacional em 1943, pelo então SPHAN (atual IPHAN) e, posteriormente, pelo Condephaat.

Mantido por um acordo entre o Governo do Estado e a Arquidiocese de São Paulo, o museu foi fundado em 1970. Abriga um dos mais importantes acervos de arte sacra do Brasil, acumulado pela Mitra Arquidiocesana ao longo do século XX, com peças provenientes de antigas igrejas de todo o país. E também com imagens de santos feitas no Brasil e na Europa entre os séculos XVI e XX, além de pratarias e quadros. A coleção, também tombada pelo IPHAN, abarca obras brasileiras e estrangeiras produzidas a partir do século XVI, com especial ênfase na imaginária do período colonial e várias obras de artistas exponenciais como Aleijadinho, com réplicas das estátuas dos seus profetas do lado de fora do museu, Frei Agostinho da PiedadeFrei Agostinho de JesusMestre ValentimMestre AtaídeAlmeida Júnior e Benedito Calixto.



O Museu da Cúria
patrimônio que se conserva hoje no Museu de Arte Sacra de São Paulo tem sua origem em uma importante coleção, gradativamente formada desde o início do século XX, por iniciativa de dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo

Por ocasião da demolição da antiga Sé paulistana, para a construção da atual, dom Duarte determinou a distribuição por diversas igrejas da capital das obras de arte sacra da igreja demolida, na expectativa de reuni-las novamente em uma coleção unificada. Assim, já na primeira década do século XX (provavelmente em 1907), é inaugurado o "Museu da Cúria", o primeiro dessa tipologia no Brasil.

Para constituir seu acervo, dom Duarte mandou recolher diversas imagens sacraspinturasmóveis e objetos litúrgicos (alfaiasostensóriosbáculos, etc.) provenientes de capelas de fazendas demolidas e de igrejas, mosteiros e conventos do interior e da capital paulista. 

Além das peças da antiga Sé, o museu logrou reunir obras dos já demolidos Recolhimento de Santa Teresa, em São Paulo, e da Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Rio de Janeiro, das ruínas das Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul, e de diversas capelas e igrejas barrocas de Minas GeraisBahiaPernambuco e do Centro-Oeste brasileiro

Dom Duarte também doou ao Museu da Cúria sua importante coleção particular de numismática.
Mestre Valentim (c. 1750-1813) Anjo, século XVIII.

O Museu de Arte Sacra

O Museu da Cúria continuou a recolher peças provenientes do interior paulista e acomodar os acervos das várias igrejas da capital demolidas ao longo da primeira metade do século XX. Até então, o acervo era mantido em uma sala na sede da Cúria, na rua Santa Teresa. 

Em 1969, quando Abreu Sodré era governador de São Paulo, seu Secretário da Fazenda, Luís Arrobas Martins, empenhado na criação e consolidação de uma rede de equipamentos culturais no estado, deu início às negociações junto ao cardeal Agnelo Rossi visando a criação do Museu de Arte Sacra de São Paulo, a ser constituído pela junção do acervo da Cúria e de obras do governo paulista. 

O convênio entre governo e a Arquidiocese foi aprovado e, após obras de restauração do Mosteiro da Luz, coordenadas pelo IPHAN, o museu foi ali instalado e aberto à visitação pública, em 29 de junho de 1970.

Ao acervo inicial, juntou-se um conjunto de imagens e pinturas transferidas pelo governo do estado do Museu do Ipiranga e outras peças sacras adquiridas no mercado de arte por Luís Arrobas Martins. Outras ainda seriam doadas por artistas, colecionadores particulares e empresários, nomes como os de Pietro Maria Bardi e Ciccillo Matarazzo

No final da década de 1970, o Mosteiro da Luz passou por outra grande reforma, agora empreendida pelo Condephaat, que visava recuperar sua antiga fisionomia dos Setecentos. Nessa época, assume a direção do museu o padre Antonio de Oliveira Godinho, que busca reformular o perfil museológico da instituição e estabelece critérios didáticos para a exposição das obras do acervo. Em 1979, o museu recebe a visita do pontífice João Paulo II.

Atualmente, o museu ocupa o pavimento térreo da ala esquerda do Mosteiro da Luz, além da chamada “Casa-Forte” (antigo cemitério das religiosas falecidas em clausura no mosteiro) que abriga algumas das mais preciosas peças da coleção. 

A instituição ainda conserva a seção denominada “Museu do Presépio”, um dos mais raros conjuntos desse gênero no mundo, exposta, durante parte da década de 1980, sob a Grande Marquise do Parque do Ibirapuera. Promove exposições temporárias e atividades educativas e culturais, presta auxílio e atendimento a pesquisadores e mantém publicações especializadas. 

Abriga ainda uma rica biblioteca, com publicações, documentos e obras raras datados de princípios do período colonial.
São Pedro, Papa Portugal, século XVIII

O Mosteiro da Luz
                                  Mosteiro da Luz em fotografia de 1867
Considerado um dos mais importantes e bem conservados exemplares da arquitetura colonial brasileira do século XVIII, o Mosteiro da Luz tem suas origens na capela em homenagem a Nossa Senhora da Luz, erguida pelo colonizador Domingos Luís, dito "O Carvoeiro", na então distante região chamada de "Piranga" (o atual bairro paulistano do Ipiranga). Em 1603, Domingos Luís mudou-se para o Campo do Guaré, reconstruindo nessa localidade o pequeno templo. A capela tornou-se ponto de referência e acabou por dar seu nome ao bairro: Luz.

Pátio do mosteiro.
A ideia de construção do Mosteiro da Luz foi baseada nas visões da Irmã Helena Maria do Espírito Santo do Antigo Convento de Santa Tereza, aproximadamente em 1772. Ela afirmava ter visões de Jesus Cristo pedindo a construção de um local para recolhimento. Antonio de Santana Galvão que era o confessor da Irmã confirmou a autenticidade das visões após discutir com sacerdotes e teólogos da cidade.
Para escolher o local da construção, foram tomadas providências com o Governador do bispado, o Cônego Antônio de Toledo Lara e o Governador da Capitânia, o Capitão-General D. Luiz Antônio de Souza Botelho e Mourão conhecido como o "Morgado de Mateus". Morgado de Mateus doou um terreno para a construção do espaço de recolhimento por meio de uma Carta de Sesmaria.[2]
Na época, uma lei do Marquês de Pombal, então Secretário de Estado do Reino, proibia a abertura de conventos ou mosteiros. Tendo em vista as restrições, Frei Galvão levou as freiras para morarem nas casas próximas à capela, não oficializando a região uma área religiosa. Apenas um local onde moravam senhoras que queriam viver sob preceitos cristãos.
As freiras passaram a morar na região em 2 de fevereiro de 1774 sob o nome de Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição. Logo após, Frei Galvão providenciou a construção de uma nova capela porque aquela se encontrava em mal estado e as casas estavam prestes a ruir. Fez um projeto para uma nova edificação e convidou as Irmãs a participarem da construção juntamente com os escravos e tapeiros emprestados de suas famílias.


 Recolhimento da Luz, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927), São Paulo
O próprio frei Galvão projetou o edifício e trabalhou como pedreiro e supervisor durante a sua construção, concluindo-o parcialmente em 1788. Nos anos seguintes, continuaria a realizar novas ampliações, incorporando a antiga Capela da Luz ao novo prédio. Após sua morte em 1822, frei Galvão foi sepultado no recolhimento, marcando o local como destino de vários peregrinos. Frei Lucas José da Purificação foi incumbido de continuar as obras do edifício, que prosseguiram até as primeiras décadas do século XIX.
Em 1929, o recolhimento foi incorporado canonicamente à Ordem da Imaculada Conceição, sendo assim elevado à categoria de mosteiro. Foi tombado em 1943 e, desde 1970, abriga o Museu de Arte Sacra de São Paulo na ala esquerda da edificação. As internas, ditas irmãs concepcionistas, vivem até hoje em regime de clausura, na parte reservada do mosteiro, sem acesso ao público. Completam o conjunto arquitetônico a igreja da Luz, a antiga capela e o cemitério das religiosas, envoltos pelo último remanescente das chácaras conventuais urbanas do país.

O passeio vale por três: 
  • no museu, que ocupa parte do antigo Mosteiro da Luz, estão imagens de santos produzidas entre os séculos 16 e 20 no Brasil e na Europa, além de quadros, pratarias e mobiliários usados nas missas ao longo dos séculos. 
  • Em um espaço anexo, há uma exposição com presépios de vários países do mundo. Entre os dois locais, há uma capela erguida no século 18, onde estão os restos mortais de Frei Galvão (1739-1822), o primeiro santo brasileiro. Do lado de fora, há réplicas em tamanho real das estátuas dos profetas criados por Aleijadinho. 
  • Na capela, vale apreciar a riqueza de detalhes do altar-mor, cuja estrutura forma uma espécie de escadaria com contornos de ouro
O Mosteiro da Luz, aonde está instalado o Museu de Arte Sacra, contém o último exemplar de chácara conventual urbana da cidade de São Paulo.
O acesso ao local é restrito as monjas que habitam o Mosteiro da Luz e não é aberto ao publico.
Fontes


O Museu de Arte Sacra - Entrada







































































O Museu de Arte Sacra - Igreja





























O Museu de Arte Sacra - Museu - Acervo








































































O Museu de Arte Sacra - Pátio da Igreja














O Pós Museu de Arte Sacra - Estação da Luz


















O Museu de Arte Sacra - Vídeos 








O Museu de Arte Sacra - Presépio Napolitano

O conjunto de 1.600 peças propicia uma verdadeira viagem no tempo e no espaço. Além da tradicional cena da natividade de Jesus de Nazaré, as peças representam diversos profissionais urbanos (como ferreiro, sapateiro, barbeiro, verdureiro, entre outros), pastores, homens do campo, além de objetos, utensílios e móveis, em uma cenografia que ocupa 110 m².


Visitar o Presépio Napolitano do Museu de Arte Sacra de São Paulo é uma experiência única, mas fique atento, o Presépio Napolitano tem horário de funcionamento diferenciado, das 10h às 11h e das 14h às 15h.

Da Itália ao Brasil

Francisco Matarazzo Sobrinho, o “Ciccilo”, adquiriu o Presépio Napolitano na Itália, em 1949. O conjunto de 1.600 peças, confeccionadas em Nápoles no século XVIII, remontavam uma vila napolitana setecentista. Entre obras de artesãos anônimos, peças de artistas eruditos, conhecidos como figurinai, como Francesco Cappiello, Francesco Ingaldi, Giuseppe Gallo, Lorenzo Mosca, Matteo Bottigliero, Nicolla Somma, demonstram alto nível técnico.

No Brasil, Ciccilo desejava montar o presépio segundo a cenografia original. Entregou a empreitada a Lourdes Duarte Milliet, esposa do artista Sergio Milliet e irmã do estudioso Paulo Duarte. Para a reconfecção das vestimentas, Gabriella Pascolato, proprietária da Tecelagem Santa Constancia, forneceu os tecidos. As figuras foram recompostas pelo artesão Gregório Tinell; a cenografia, por Tullio Costa, com colaboração de Ítalo Bianchi.

Assim, em 4 de outubro de 1950, o Presépio Napolitano foi aberto para visitação pública na Galeria Prestes Maia, permanecendo em exposição por onze meses. Depois, foi recolhido e passou cinco anos guardado na Metalúrgica Matarazzo. Em 1956, o conjunto transferido para o antigo Pavilhão do Folclore, no Parque do Ibirapuera, onde permaneceu em exposição até 1985. Porém, as condições ambientais e técnicas do local colocavam este importante acervo em risco, razão que motivou sua transferência para o Mosteiro da Luz, que abriga o Museu de Arte Sacra de São Paulo.

Em 1998, o Museu resgatou o projeto do presépio. Paralelamente, o Museu reformou a antiga residência do capelão do Mosteiro da Luz para abrigar o conjunto. O artista Silvio Galvão foi chamado para desenvolver a cenografia, seguindo a concepção criada em 1950 por Tullio Costa. Em 1999, o Presépio Napolitano voltou a ser aberto à exposição pública, em condições que garantiam – e ainda hoje garantem – sua correta instalação, manutenção e preservação.

Nesta exposição virtual, procuramos mostrar um pequeno apanhado de cenas deste importante patrimônio artístico. Retratar todas as cenas é tarefa impossível, pois os detalhes se revelam a cada olhar, em cada visita. É daquelas paisagens que nunca mudam e nunca são iguais.
Bom passeio!























































































Um comentário:

  1. Gerson meu amigo pra variar ficou maravilhoso seu trabalho, parabéns.
    Abraços

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