domingo, 10 de novembro de 2019

Pavilhão Japonês - Parque do Ibirapuera

Pavilhão Japonês - Parque do Ibirapuera

UM PEDAÇO DO JAPÃO NO PARQUE IBIRAPUERA

 
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil, tendo recebido imigrantes de todas as partes do mundo. A população da cidade em 1900 era de cerca de 240 mil habitantes. Portanto, era uma cidade de tamanho muito diferente do que é hoje. Em termos populacionais, era comparável ao que Barueri ou Embu das Artes eram no ano de 2010. Com a expansão da economia cafeeira no Estado, desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920, houve um crescimento acelerado da população, que chegou ao seu primeiro milhão de habitantes em 1928.
Desde o final do século XIX, mais de 2 milhões de imigrantes chegaram ao Estado de São Paulo; e, como durante a expansão das lavouras de café faltava mão-de-obra na zona rural paulista, grande parte dessa falta foi suprida por imigrantes, notadamente italianos e japoneses.
A data oficial do começo da imigração japonesa para o Brasil é 18 de junho de 1908, quando o navio Kasato Maru aportou em Santos, trazendo 781 lavradores para as fazendas do interior do Estado
Hoje, a cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática, sendo que a comunidade de japoneses e de seus descendentes na cidade é a maior fora do Japão. Refletindo a importância do povo japonês para a São Paulo, o Parque Ibirapuera também tem seu recanto nipônico, que oferece algumas atrações: o Pavilhão Japonês e o Memorial dos Imigrantes Japoneses.
Pavilhão Japonês
Está localizado em uma extremidade do Lago das Garças e é um símbolo da amizade e intercâmbio entre os povos do Brasil e do Japão. A construção é uma réplica do Palácio Katsura, localizado em Quioto, no Japão, e foi um presente da colônia japonesa à cidade de São Paulo, no ano de 1954, quando da inauguração do parque e das comemorações dos 400 anos da cidade. No espaço, está instalada uma mostra permanente em homenagem à cultura japonesa, com vestuário, móveis, objetos de decoração e utilitários tradicionais. No jardim japonês, o visitante pode admirar um conjunto de plantas e árvores ornamentais devidamente identificas, além de um lago habitado por carpas, que, na mitologia japonesa, são símbolos de prosperidade, longevidade e fertilidade.
Entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, o Pavilhão passou por uma grande reforma. Para manter suas características originais, além da mão de obra especializada, vinda do Japão, foram utilizadas madeiras de duas espécies de ciprestes nativos daquele pais: o sugi, para a restauração do telhado afetado pela ação de cupins, e o hinoki, nas estruturas das bases dos pilares, que estavam desgastadas pelo clima brasileiro e pelo tempo.
Memorial aos Imigrantes Japoneses
Fica ao lado do Pavilhão Japonês. Trata-se de uma construção em homenagem à memória de todos os imigrantes japoneses falecidos, cuja primeira leva chegou a Santos, no navio Kasato Maru, em 1908. No dia 18 de junho, aniversário da imigração, a comunidade nipônica visita o memorial, onde é celebrada uma cerimônia religiosa, que sempre conta com a presença de autoridades do governo japonês.
Memorial aos Imigrantes Japoneses Foto: Aldo Nascimento Cruz
Ao lado do memorial está a placa: “Rua do ありがとう”. Essa expressão japonesa significa “arigatô”, ou “obrigado”, em português.

Como visitar o Pavilhão Japonês
Acesso: Portões 7 e 8 – Av. República do Líbano, e Portão 9 e 10 Av. Pedro Alvares Cabral
Funcionamento: Quartas, Sábados, Domingos e Feriados
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h

Ingressos: R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia) - Idosos + 65 anos: isento
Tel: (11) 5081-7296 e 3208-1755 ramal 124
E-mail: pavilhao@bunkyo.org.br
Pavilhão Japonês, símbolo da amizade entre dois países
Localizado no Parque do Ibirapuera, o Pavilhão Japonês ocupa uma área às margens do lago do parque, e é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, além de um belíssimo lago de carpas.
O Pavilhão Japonês foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira e doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação.
O projeto, executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade de Meiji), tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas. E, teve como inspiração o Palácio Katsura, antiga residência de verão de membro da Família Imperial, em Kyoto, construído entre 1620 e 1624, na era Edo que foi marcada pelo domínio do clã Tokugawa.
Sua estrutura baseia-se na tradicional arquitetura japonesa no estilo Shoin, adotado nas residências das casas dos samurais e da aristocracia - mais tarde adotado por outras classes. Ela baseia-se ainda em composições modulares de madeira (com divisórias deslizantes, externas e internas), organicamente articuladas, e marcadas pela presença do tokonoma (área destinada à exposição de pinturas, arranjos florais, cerâmica, etc), bem como de outros nichos embutidos, com prateleiras e pequenos gabinetes, decorativamente dispostos.
Na composição estética, o estilo preponderante é Sukiya (derivação de concepção livre do rígido estilo Shoin) que atende aos anseios de contemplação estética (dos próprios ambientes, de objetos, peças de arte e da paisagem), por introspecção e pela criação de um microcosmo apartado dos trâmites mundanos. Portanto, para este tipo de arquitetura, a relação entre a paisagem e o interior dos ambientes é de vital importância. A visita das áreas externas e o paisagismo lírico dos jardins tornam-se prolongamento dos ambientes interiores.
Projetado como um monumento símbolo de amizade entre japoneses e brasileiros, o Pavilhão reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.
A construção do Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera, em 1954, que foi transportado desmontado, em navio, contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. Essas atividades foram coordenadas pela Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró-IV Centenário de São Paulo.
O Pavilhão Japonês foi doado para a Prefeitura Municipal de São Paulo. Desde 1955, a Sociedade Paulista de Cultura Japonesa (atual Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), foi, graças ao convênio estabelecido com a Prefeitura da cidade de São Paulo, a entidade tem sido responsável pela administração, manutenção e promoção de eventos nesse local.
O Jardim do Pavilhão Japonês
O jardim que envolve o Pavilhão Japonês foi inspirado nos tradicionais conceitos japoneses, e reúne variadas plantas e flores típicas. Nele foram instalados vários marcos relacionados à amizade e intercâmbio entre o Brasil e o Japão.
Um deles, por exemplo, é o pinheiro japonês, plantado em 1967 pelo atual Imperador e Imperatriz do Japão. Outro é uma escultura em pedra, com a inscrição de um poema haiku, de autoria de Nempuku Sato, que imigrou ao Brasil em 1927 e, desde então, dedicou-se ao ensino e à divulgação dessa poesia.
O Lago das Carpas
pavilhao lago de carpas e jardimO lago foi construído na mesma época em que o Pavilhão e recebeu as primeiras carpas coloridas no início da década de 70, graças à iniciativa da Associação Brasileira de Nishikigoi e ao intercâmbio com criadores de várias províncias japonesas.
Com capacidade para cerca de 100 mil litros de água, o lago abriga cerca de 320 carpas.
A Sala de Chá
pavilhao chashitsuO Chashitsu, local para a prática da cerimônia do chá, está localizado no edifício central, com sua atmosfera wabi sabi, isto é, de austero refinamento envolto por quietude e pura simplicidade.
A inauguração da sala da cerimônia de chá foi realizada em 1954, com a presença do Grão-Mestre Herdeiro Sen Soko (posteriormente, XV Grão-Mestre do Urasenke) e seu irmão mais novo, o mestre Naya Yoshiharu.
O Salão de Exposição
pavilhao exposicaoO Salão de Exposição, ligado ao Pavilhão por uma passagem com vista ao jardim zen, apresenta o acervo permanente de arte japonesa constituído de peças doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades diversas. É composto de peças originais e de réplicas perfeitas de "tesouros nacionais" japoneses.
Periodicamente, o local recebe exposições especiais, sempre com temas relacionados à arte e cultura japonesa.
*Texto baseado no guia bilíngue (japonês/português) - "Pavilhão Japonês - Tradição e Modernidade", publicado pela Comissão de Administração do Pavilhão Japonês.
Eventos no Pavilhão Japonês
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, o Bunkyo, responsável pela administração e preservação do local, promove diversas atividades ao longo do ano, tais como: Festival Hina Matsuri (Dia das Meninas) e Kodomo no Hi (Dia dos Meninos), apresentações de dança e música tradicional japonesa e exposições culturais. Atualmente, o Pavilhão conta com uma nova equipe de educadores e também promove visitas monitoradas em português e japonês.
Os espaços do Pavilhão Japonês podem ser locados para realização de eventos, exposições e apresentações culturais.
Fonte: Bunkyo
Nosso Passeio
 06/11/2019










































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