sábado, 5 de fevereiro de 2022

Zona Sul de São Paulo é o novo polo de serviços e consumo da capital paulista

 


A Zona Sul de São Paulo é, há anos, um dos vetores de crescimento urbano da cidade. As dezenas de bairros concentraram 42,1% dos lançamentos imobiliários no ano passado, segundo estudo divulgado em agosto de 2021 pelo Secovi. A região possui uma ótima rede de infraestrutura, malha viária e uma série de linhas de ônibus, metrô e trens. Sem contar a gama de serviços, escolas e restaurantes, fatores fundamentais para a melhora da mobilidade urbana.

Quando olhamos esse cenário, percebemos que a Zona Sul é um celeiro de oportunidades para os investidores. Muitos deles, aliás, já estão instalados na região, como é o caso das multinacionais Pfizer, Bayer, Philips, Basf.

Foi com esse olhar que nasceu o Complexo Parque da Cidade, na Chácara Santo Antônio. Localizado no número 14.401 da Avenida Nações Unidas, às margens do Rio Pinheiros. A sua criação foi inspirada no modelo de cidades compactadas, onde tudo acontece em um só lugar. É uma cidade dentro de um parque. O combo perfeito entre qualidade de vida e praticidade.

São 80 mil m², com previsão de ocupação de 250 mil pessoas em 2023, que contemplam dez empreendimentos: o Life Center Shopping Parque da Cidade, um hotel, seis torres comerciais – Enel, Mafrig, Takeda, Elanco estão instaladas ali – e duas residenciais, além de uma área verde de 22 mil m².

Como único life center do País, o shopping é diferente de todos os demais. No espaço é possível unir o conforto de um shopping (serviços, entretenimento, gastronomia e lojas com segurança e praticidade) ao aconchego de um local arborizado, tranquilo e sustentável, algo bastante oportuno nos tempos atuais, quando a pandemia exige, mais do que nunca, o bem-estar em primeiro lugar.

Esta questão de wellness, aliás, é um dos pilares do Parque da Cidade. O empreendimento foi construído para oferecer serviços de autocuidado. Por isso recebeu a Clínica Einstein, do Hospital Albert Einstein, em uma área de mais de 2,5 mil m². Este é o maior espaço de saúde dentro de um shopping center no País.
Para quem busca lazer, há ainda o melhor cinema de São Paulo – eleito pela Folha de S.Paulo e com preços bastante competitivos -, e, para as famílias que procuram diversão para as crianças, o Parque da Cidade é um shopping brincante com dezenas de atrações para o público infantil. Ao mesmo tempo, se a demanda é por um local para trabalhar durante o home office, está à disposição um coworking gratuito. Os pets ganharam um espaço só para eles: o Parque do Pet.

Projetos sociais também fazem parte do cotidiano de quem frequenta o shopping. Há uma horta social urbana em parceria com a ARCAH (Associação de Resgate à Cidadania por Amor à Humanidade), que emprega pessoas em situação de vulnerabilidade, e a Loja do Bem, que capta doações e as destina aos mais necessitados.

Assim, com todos esses atrativos em entretenimento, wellness e social, o Life Center é um shopping para você viver mais! Com este direcionamento e entregas, ele vem se consolidando como o novo polo de serviços e consumo da Zona Sul, uma excelente oportunidade para quem quer investir. Venha nos conhecer!


IMPLANTAÇÃO

1- EZ PARQUE DA CIDADE
2- PARQUE LINEAR
3- SHOPPING PARQUE DA CIDADE
4- HOTEL FOUR SEASONS
5- TORRE JEQUITIBÁ (CORPORATIVA)
6- TORRE AROEIRA (CORPORATIVA)

7- TORRE PAINEIRA (CORPORATIVA)
8- TORRE JATOBÁ (CORPORATIVA)
9- RESTAURANTES / LOJAS
10- TORRE SUCUPIRA (CORPORATIVA)
11- TORRE TARUMÃ (SALAS COMERCIAIS)





Parque Linear é um privilégio em meio à metrópole. Uma área privada de uso público com segurança, 24 horas, para contemplar e vivenciar o bem-estar de maneira plena. Oferece pista de caminhada e corrida, ciclismo, playgrounds, restaurantes, lojas e espaços para contemplação. Opções para todas as idades e momentos.








O professor que encarna o Pikachu na Liberdade: “Já consegui tirar 9 000 reais”

 

Homem com fantasia de Pikachu nas ruas do bairro Liberdade.
Pikachu inflável: alegrias, frustrações e muito trabalho. Alexandre Battibugli/Veja SP
Tradicional reduto oriental paulistano, o bairro da Liberdade, no centro, recebe diariamente milhares de pessoas que buscam por alimentos, roupas, acessórios, objetos de decoração, quadrinhos e itens para cozinha. São centenas de mercadinhos, lojas especializadas em personagens japoneses, galerias, ambulantes e bancas.

Desde julho do ano passado, se juntou à paisagem, às vezes caótica, de tanto movimento, um sorridente boneco inflável de 2,1 metros de altura que faz a alegria da criançada, de jovens e (por que não?) de adultos. Normalmente presente em camisetas, bonés, broches, bandanas, livros e mais recentemente no celular, o elétrico Pikachu é um dos favoritos da turma dos animes, como são chamadas as produções animadas japonesas. Não é incomum ver pessoas fantasiadas com figuras orientais por lá, mas nenhuma delas têm feito tanto sucesso no pedaço quanto o Pikachu de “carne e osso” que dá expediente aos fins de semana no Viaduto Cidade de Osaka, bem em cima da Ligação Leste-Oeste, uma das mais movimentadas da cidade.

Vestido pelo professor de inglês Renato Sousa, 49, o Pikachu inflável da Liberdade dança, pula, abre os braços, abraça, tira fotos e está sempre sorrindo. Com exceção desse último gesto, que está estampado na fantasia, os outros movimentos são todos feitos por Renato, que nem sempre vive situações para expressar alegria. “Uma vez um pai estava de mãos dadas com uma menina que devia ter uns 5 anos. Quando ela viu o Pikachu, começou a gritar de felicidade, mas o homem a repreendeu e disse para ela não chegar perto de mim. Em questão de segundos ela conseguiu se soltar e veio me abraçar. Depois disso me falou: ‘Pikachu, você não quer ser meu pai?’. Pelo momento, pela circunstância, fiquei num estado de dormência. Vi uma criança sofrendo. E o pai atropelando a situação de forma grosseira. Ela fugiu, me abraçou e falou. Aquilo me desmontou. Continuei tirando fotos, mas chorei”, conta.

Se no episódio com a menina a questão emocional ficou abalada, em outros casos sua integridade física foi posta em risco. “Já fui agredido três vezes e espetado em duas situações. Sim, espetado por alguém que queria rasgar a roupa. E às vezes a pessoa passa com o cigarro aceso para tentar estragar a fantasia. Também já fui chutado nas costas por alguém que luta capoeira. Foi um golpe. A alegação é sempre que a pessoa não sabia que tinha gente lá dentro. Mas ninguém vai lá e chuta um boneco inflável do posto. Ou chuta?”.

Mas humilhações e agressões são exceções. Na maior parte do tempo, as demonstrações de carinho vêm de onde ele menos espera, como as de motoristas e motociclistas que passam pela Ligação Leste-Oeste e buzinam (e gritam) para o feliz e sorridente personagem. Seu trabalho também foi reconhecido por quem trabalha no pedaço. “No fim do ano, alguns comerciantes vieram me agradecer, me deram panetone, dinheiro, em reconhecimento. Um deles me falou que passou a vender mais Pokémons depois que comecei a trabalhar por ali.”

Como todo trabalho artístico de rua, o de Renato também depende exclusivamente da boa vontade de quem recebe o abraço, o sorriso ou a pose para a foto. Há um mês, ele criou um Pix (cuja chave é pikachudaliberdade@gmail.com) para ser um atrativo a mais para quem passa, mas nesse caso ainda não funcionou como ele queria. “Eu tenho um custo para estar lá. Eu sempre falo da importância da contribuição. Com o Pix, tem gente que está mentindo e fingindo que está digitando. Chega a ser constrangedor. Não quero estar lá cobrando pessoas. Tem trabalho, custo. Vejo artistas internacionais que são mais linha-dura. Eles surtam. Eu não vou surtar.”

Por dia, na baixa temporada, ele chega a arrecadar de 80 a 90 reais. No fim do ano passado, traçou uma meta de trabalho diário, de segunda a segunda, e os resultados foram surpreendentes. “Sou disciplinado com metas. Tinha dia que eu estava com dor, mas não tinha atingido a meta de 300 reais. Sempre trabalhei com metas. Sempre fui obcecado por compromissos. Consegui tirar 9 000 reais.”

Quando o “dono” do Pikachu da Liberdade diz que tem um custo para estar lá, ele se refere a transporte e alimentação e à fantasia, que sai por 310 reais e é fabricada na China. Fora isso, há um pequeno motor que fica instalado na sua perna e é responsável por inflar o boneco. Apesar do valor baixo, de cerca de 25 reais, o equipamento não é encontrado facilmente por aqui e também é encomendado no exterior. Sua duração, em média de dois meses, obriga Sousa a adquirir algumas unidades para ter um estoque.

Nascido em Guarulhos e atualmente morando em Osasco, Renato Sousa é solteiro, não tem filhos e vê um prazo de validade para o bichinho elétrico amarelo nas ruas do centro. “No máximo mais um ano, pois tenho outros projetos em mente: Robô Gigante e Fantomas”, diz, referindo-se a dois personagens de animes antigos do Japão. Mais famoso ainda, o Ultraseven, que começou a ser produzido nos anos 60 e se tornou uma das maiores séries desse segmento no país oriental, também faz parte de seus novos velhos planos. Ele já desfila pelas vias da Liberdade com a fantasia de seu herói favorito desde 2017 (a introdução no mundo de cosplay começou bem antes, em 1994, com uma roupa feita de pano). “Quis resgatar esse passado. Olhei para o lado, para as minhas coleções e quis colocar para fora o meu espírito nostálgico. Nostalgia é um elemento emocional muito grande.”
Homem vestido do personagem Ultraseven na Liberdade.
Sousa como Ultraseven: amor desde criança. Arquivo Pessoal/Divulgação
A troca de Ultraseven por Pikachu foi ocasionada pela alta exposição que o primeiro provocava. “Eu ficava mais exposto por causa da pandemia e preferi o Pikachu para ficar mais protegido. Uso duas máscaras por baixo da fantasia.” A mudança de personagem que faz muito mais sucesso com o público do que o anterior não fez e não fará Renato esquecer sua origem. “Eu me identifico muito com o Ultraseven desde criança. Foi uma espécie de conforto materno e paterno. Naquilo que não consegui de referência em família eu me identifiquei com ele. Isso também aconteceu com muitas pessoas com quem converso, seja com Ultraseven, seja com outros mais novos, como Jaspion e Spectroman”, diz, emocionado. “São temas de maturidade, de desenvolvimento e caráter. Eles falavam de problemas atuais, ecológicos, políticos, de identidade moral. Tudo estava escondido lá por décadas. O Ultraseven sempre foi a minha válvula de escape. Aquele pai que eu não tive, aquele herói, altruísta, que sacrifica a própria vida para salvar os outros.”
Renato Souza, um homem negro, veste a fantasia de Pikachu.
Renato, na Liberdade: “pai” do Pikachu e “filho” do Ultraseven. Alexandre Battibugli/Veja SP
Enquanto não se decide sobre seu futuro como cosplayer (pessoas que se transformam em personagens), Renato Sousa continua com aulas particulares de inglês (nunca parou de lecionar) e tem planos para desengavetar um projeto que parou no tempo. Por onze anos ele foi gerente de uma videolocadora e pretende voltar a trabalhar nesse segmento, também do século passado, assim como seu personagem de cabeceira. Com cerca de 20 000 filmes em casa, nos formatos VHS e DVD, quer abrir um espaço não para competir com o streaming, claro, mas para ser usado como área de convívio, com café e mesas para reunião. “O pai vai poder mostrar para o filho como funcionava um videocassete e um DVD. Podemos unir tecnologia aos sistemas antigos.” Tomara que não seja o pai que proibiu a menininha de abraçar o amável Pokémon.

Restaurantes antigos que ainda valem a visita

 

Imagem mostra salão com paredes verdes e mesas com pratos de macarrão servidos.
O salão do Jardim de Napoli. Paulo Vitale/Divulgação

Por Saulo Yassuda

Endereços antigos — o mais jovem é de 1959 — seguem a servir comida ou bebida de qualidade em ambientes nostálgicos que fazem parte da rota gastronômica da cidade aniversariante.

Jardim de Napoli

Célebre pelo polpettone (87 reais), o bolo de carne achatado e recheado de muçarela, a cantina surgiu em um barracão improvisado no Cambuci e começou a funcionar como restaurante em 1949, na Bela Vista.

No atual endereço de Higienópolis, um casarão antigo, opera desde 1967. O saudoso Toninho Buonerba, filho dos fundadores e criador do prato famoso, tocou o endereço até sua morte, em 2018. Rua Martinico Prado, 463, Higienópolis, ☎ 3666-3022. → jardimdenapoli.com.br.

Casa Godinho

O empório foi aberto pelo português José Maria Godinho em 1888, na Praça da Sé, e está desde os anos 1920 no térreo do Edifício Sampaio Moreira.

Após atravessar o portal de ferro, o público encontra estantes de imbuia que vão até o teto, cheias de produtos. O piso, todo desenhado e desgastado, comprova a idade do local. Nos últimos anos, a casa começou a ser procurada pelas empadinhas (a partir de 8,95 reais), que são bem saborosas. Rua Líbero Badaró, 340, centro, São Bento, ☎ 3104- 1520, 98339-9581. → merceariagodinho.com.br.

Imagem mostra vitrine com queijos e outras prateleiras ao fundo.
Imagem mostra vitrine com queijos e outras prateleiras ao fundo. Paulo Vitale/Divulgação

Almanara

É um dos árabes mais antigos da cidade: nasceu em 1950. A unidade mais velha ainda em atividade — e mais bonita — ocupa o imóvel original do Bar Arpège, no centro.

Um painel com uma caravana que atravessa um deserto, em uma das paredes, deixa o lugar ainda mais charmoso. Só neste endereço tem um rodízio de especialidades (104 reais), que traz quibes, esfirras, pastas, charutinhos, cafta… Rua Basílio da Gama, 70, centro, República, ☎ 3257-7580. → almanara.com.br.

Imagem mostra salão com diversas mesas, pé direito alto com luzes.
O salão do Almanara. Paulo Vitale/Divulgação

La Casserole

Em frente ao Mercado das Flores, no Largo do Arouche, o clássico bistrô francês foi fundado em 1954 pelo casal Fortunée e Roger Henry.

Segue hoje no mesmo ponto sob a direção da filha deles, Marie-France, e do caçula dela, Leo. O filé au poivre (89 reais) é uma das sugestões da casa, que no ano passado ganhou um bar moderninho nos fundos, o InfiniLargo do Arouche, 346, centro, República, ☎ e 3331-6283. → lacasserole.com.br

Imagem mostra espaço com mesas e cadeiras, uma parede azul ao fundo e janelas. À frente na foto está um prato com carne e batatas e duas taças, uma de vinho e outra com água.
O interior do bistrô. Paulo Vitale/Divulgação

Castelões

Trata-se da pizzaria mais antiga da capital ainda em funcionamento, com quase um século de vida. Um tanto desgastado, o restaurante ocupa o imóvel desde sua fundação, não sem alterações no ambiente ao longo dos anos.

Fotos de antigamente rememoram os velhos tempos do lugar, hoje tocado por Fabio Donato. Do forno a lenha saem pizzas de primeira, como a castelões (102 reais), de muçarela e rodelas de calabresa artesanal sobre molho de tomate. Rua Jairo Góis, 126, Brás, ☎ 3229-0542. → @cantina_casteloes.

Imagem mostra espaço com mesas com toalhas xadrez e paredes com diversas bebidas expostas.
A pizzaria mais antiga da cidade. Paulo Vitale/Divulgação

Bar Léo

É um dos bares mais antigos da cidade, nascido em 1940. Foi batizado pelo curitibano Leopoldo Urban, que vendeu a casa nos anos 60 para Hermes de Rosa.

Desde 2012, o lugar é controlado pela Fábrica de Bares e segue com o visual antiguinho: vitrais coloridos, canecas penduradas e as velhas bolachas de cerveja na parede. O Léo é o pai dos bares que servem chope (10,90 reais), pois seus copos com generosas camadas de creme viraram referência cidade afora. Rua Aurora, 100, Santa Ifigênia, ☎ 3221-0247. → barleo.com.br.

Imagem mostra espaço com mesas com toalhas xadrez e paredes com diversas bebidas expostas.
O interior do Léo, fundado em 1940. Paulo Vitale/Divulgação

Acrópolis

Tradicional endereço grego, se mantém desde 1959 no Bom Retiro. Por muitos anos, foi tocado pelo grego Thrassyvoulos Georgios Petrakis (1918-2016), o seu Trasso, que em 1961 se tornou garçom da casa, aberta por um conterrâneo como Cantinho Grego. Hoje, é comandado pelas filhas.

No ambiente simples, meio de boteco, são provadas opções como a mussaká (38 reais), espécie de lasanha de berinjela e batata entremeada de carne moída e coberta por molho bechamel gratinado. Rua da Graça, 364, Bom Retiro, ☎ e 3223-4386. → @restauranteacropolis.

Imagem mostra espaço de paredes brancas com mesas de toalhas azuis. Nas paredes, quadros também azuis e brancos.
Ambiente do restaurante Acrópolis. Paulo Vitale/Divulgação

Onze transformações que aconteceram em São Paulo no último século

 

Imagem em preto e branco mostra rio entre margens de grama.
Leito do Rio Pinheiros, fotografia do livro "Transformações Urbanas: São Paulo 1893-1940", da Fundação Energia e Saneamento. Fundação Energia e Saneamento/Divulgação

Corrida de São Silvestre à noite

Entre 1925 e 1988, a tradicional e última corrida de rua do ano foi realizada no período noturno. A prova, uma das mais importantes da América do Sul, passou a ocorrer à tarde por determinação da Federação Internacional de Atletismo e para facilitar as transmissões pela TV.

Outras mudanças ao longo das décadas foram os trajetos, que se expandiram além do centro, e a distância que deveria ser percorrida pelos atletas, amadores e profissionais. No início, a competição tinha apenas 8 quilômetros de extensão, contra os 15 quilômetros atuais.

Imagem mostra multidão de pessoas correndo em avenida.
Vista aérea da São Silvestre. Jorge Rosenberg/Divulgação

Interlagos sem alambrados

Inaugurado em 12 de maio de 1940, o Autódromo de Interlagos foi reformado em 1971 para poder receber o GP Brasil de Fórmula 1 no ano seguinte. Entre 1981 e 1989, o local deixou de abrigar a prova, realizada no Rio de Janeiro, mas recuperou o posto em 1990 e não o perdeu mais.

Com o nome oficial de José Carlos Pace, em homenagem ao piloto, que morreu em 1977, o autódromo foi palco de grandes vitórias de brasileiros na categoria, como as de Emerson Fittipaldi (1973 e 1974), Pace (1975), Ayrton Senna (1991 e 1993) e Felipe Massa (2006 e 2008).

Imagem mostra carros de corrida em pista, à direita, e multidão atrás de barreira de madeira, à esquerda,
Interlagos sem alambrados. A Saga dos Fittipaldi/Panda Books/Divulgação

Manequinho histórico

Com 48 000 metros quadrados, o Viveiro Manequinho Lopes, anexo ao Parque Ibirapuera, foi criado em 1928, oito anos depois de a prefeitura comprar um terreno pantanoso, que abrigara aldeias indígenas no início da colonização. O espaço, de 1,5 milhão de metros quadrados, se tornaria o principal parque da metrópole.

Em 1933, os responsáveis pelo projeto do parque pediram a retirada do viveiro. O então diretor da Divisão de Matas da gestão municipal, Manoel Lopes de Oliveira Filho, falou diretamente com o prefeito Fábio Prado e conseguiu reverter a situação. Morto cinco anos depois, Manequinho Lopes, como era conhecido, deu nome ao local.

Imagem mostra campo com caixa d'água branca alta e uma estrutura ao fundo.
O Viveiro Manequinho Lopes. Secretaria do Verde e Meio Ambiente/Divulgação

Uma Avenida Rebouças rural

Quem trafega pelos 4 quilômetros da avenida depara com grandes e suntuosos edifícios em fase final de construção, mas nem sempre foi assim. Até a metade da década de 30, a via era de terra e limitava-se a ser uma passagem rural.

O nivelamento, asfaltamento e alargamento da Rebouças ocorreu a partir de 1935. Cinco anos depois, com a construção da Avenida Eusébio Matoso, sua continuação, a Rebouças passou a ficar mais movimentada.

Homenageia o engenheiro André Rebouças, que participou da Guerra do Paraguai e foi responsável pelo projeto da estrada de ferro que vai de Curitiba ao litoral paranaense, no século XIX.

Imagem em preto e branco mostra rua, ao centro, com dois carros trafegando. À direita da rua, mato, à esquerda, casas.
Rebouças no sentido Centro. Benedito Junqueira Dua/Divulgação

Horizonte no Rio Pinheiros

Primeiramente chamado de Jurubatuba (lugar com muitas palmeiras jerivá, em tupi), o Rio Pinheiros ganhou esse nome em 1560. Na época, os jesuítas criaram um loteamento indígena em sua margem ainda bucólica.

A partir do século XX, o local passou a ser modificado, com a chegada de imigrantes japoneses e italianos. O curso do rio começou a ser modificado em 1940, com o intuito de reduzir as inundações e para a construção da atual via expressa Marginal Pinheiros.

Imagem em preto e branco mostra rio entre margens de grama.
Leito do Rio Pinheiros, fotografia do livro “Transformações Urbanas: São Paulo 1893-1940”, da Fundação Energia e Saneamento. Fundação Energia e Saneamento/Divulgação

Casa de show em Pinheiros

Foram dezenove anos de existência e muita balada para o público jovem paulistano, que foi envelhecendo e sendo renovado. Localizado próximo ao Largo da Batata, na Rua Miguel Isasa, o AeroAnta era uma mistura de restaurante, bar, danceteria e casa de shows.

Pelo seu palco passaram artistas como CazuzaJoe SatrianiRaimundosMarisa MonteTim MaiaIra!, entre muitos outros.

Imagem mostra desenho de anta com um chapéu e o nome, embaixo,
O logo do espaço. Matéria Veja São Paulo/Reprodução

Ficava na Rua Fidalga, 32

Um dos primeiros bares da Vila Madalena, o Fidalga 33 tinha shows ao vivo de estilos que variavam a cada dia. Subiram ao palco bandas como Tihuana e CPM 22, de grande sucesso no início do século. O local também era aberto a exposições artísticas.

Entre as principais bebidas da casa se destacava o “foguinho”, que era servida pegando fogo e era feita com conhaque e licor de café. Fechou as portas na década passada.

Imagem mostra cartaz preto escrito
A fachada do bar. Matéria Veja São Paulo/Reprodução

Pré-Faria Limer

Shopping Iguatemi, inaugurado em 28 de novembro de 1966, é o primeiro centro de compras do Brasil. O espaço foi idealizado pelo construtor Alfredo Mathias e erguido em um terreno que abrigava uma chácara da família Matarazzo.

Na época, a elite paulistana viu a empreitada com desconfiança, pois estava acostumada a fazer compras na Rua Augusta, não em um local fechado. O shopping ganhou esse nome porque era instalado na rua de mesmo nome, mas parte desse logradouro foi incorporada à Avenida Brigadeiro Faria Lima, seu atual endereço

Imagem mostra espaço enorme com carros estacionados à frente. Ao fundo, prédios.
Iguatemi: o primeiro centro de compras do país. Matéria Veja São Paulo/Reprodução

A Concha Acústica do Pacaembu

Ela nasceu junto com o estádio, em 1940, e serviu como palco para inúmeras apresentações musicais e culturais. Seu formato também provocava um efeito acústico com o canto das torcidas durante os jogos no local.

Em 1970, a concha acústica deu lugar a um monumento que também não existe mais, o tobogã. Projetado pelo arquiteto Arnaldo Martino, essa arquibancada vai dar lugar a um edifício comercial que ficará ao lado do campo.

Imagem mostra jogadores de futebol em gramado. Ao fundo, uma estrutura branca.
Imagem do jogo de inauguração do Pacembu: Palmeiras contra Coritiba. Matéria Veja São Paulo/Reprodução

A nata paulistana

Nenhuma outra casa noturna da cidade era tão requisitada nas décadas de 80 e 90 quanto o Gallery. Localizada na Rua Haddock Lobo, nos Jardins, a badalada balada recebia personalidades como PeléAyrton Senna e Luiza Brunet. Foi lá, em 1983, que a revista Playboy fez a festa de lançamento da edição com Xuxa na capa.

Inaugurada em 1979 por José Victor Oliva, Gugu di Pace, José Pascowitch e Giancarlo Bolla, a boate entrou em decadência na segunda metade dos anos 90. Em 2000, realizou uma luta de boxe entre Maguila e Daniel Frank. Fechou as portas definitivamente em 2007.

Imagem mostra dois homens e uma mulher sentados em uma mesa, conversando.
A noite no Gallery. Victor Oliveira/Divulgação

As águas passadas do Tietê

Quem passa pela Marginal Tietê e vê as águas ora marrons, ora negras pode não imaginar que há algumas décadas o leito do rio era navegável e seu entorno, arborizado. Nas águas paulistanas do velho Tietê, eram comuns competições de esportes náuticos, como remo e natação.

O traçado do rio começou a ser modificado na década de 30, quando ele perdeu seu caráter sinuoso e passou a dar espaço às pistas das atuais marginais. A primeira parte da via ia da Ponte das Bandeiras à da Vila Maria. O último trecho, entre a Ponte Aricanduva e a divisa com Guarulhos, ficou pronto em 1977.

Imagem mostra estrada ao lado de rio, curvilíneo.
Vista aérea da Marginal Tietê. Jussi Lehto/Divulgação