segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga

  • Título: Festejo à frente do Edifício-Monumento do Ipiranga.*
  • Criador: Guilherme Gaensly

Sobre o Museu

O Museu do Ipiranga é a sede do Museu Paulista, que é um museu especializado em história e cultural material e integra a Universidade de São Paulo.

O edifício em que hoje estão instaladas as exposições e espaços para atividades educativas e culturais foi projetado para ser um monumento em comemoração à Proclamação da Independência, ocorrida em 1822. O edifício foi construído entre 1885 e 1890. Em 1894, o recém-criado Museu do Estado (Museu Paulista) foi transferido para o monumento.

Foi assim que as histórias do Museu público mais antigo de São Paulo e do Monumento à Independência se misturaram e, desde então, ele ficou conhecido como Museu do Ipiranga.

O Museu do Ipiranga foi inaugurado em 7 de setembro de 1895. Concebido inicialmente como um monumento à Independência, foi adaptado para se transformar em museu. Primeiro, recebeu um acervo de História Natural. A partir do primeiro centenário da Independência, passou por uma reformulação e passou a privilegiar coleções ligadas à História do Brasil e Paulista.

Monumento comemorativo da Independência - Linha do Tempo:

07/09/1823 

Iniciativa para construção do monumento no local da proclamação

Em setembro de 1823, durante as discussões na Assembleia Constituinte, surgiu a proposição de elevar a data de 7 de setembro à condição de festividade nacional. 


Também foi proposta a iniciativa de erguer no “lugar denominado Piranga” um monumento em memória do episódio da proclamação feita por D. Pedro. 


Mas os projetos não se concretizaram nesse momento. Algumas das razões foram a anulação da própria Assembleia Constituinte em 1823 e os desdobramentos da aprovação da Constituição, em 1824, além da Confederação do Equador, um movimento de caráter republicano e separatista que abalou o cenário político da época.


(2.09.1825) – Demarcação do local da proclamação 

Entre 1824 e 1825, o governo provincial e a Câmara Municipal de São Paulo encaminharam medidas para a demarcação do sítio do Ipiranga e construção de um monumento no local. Em 2 de setembro de 1825, foi colocado um marco que sinalizava o local preciso da proclamação. 


(12.10.1825) – Demarcação do local do monumento e colocação da pedra fundamental

Realização de um evento cívico para lançamento e colocação da pedra fundamental do futuro monumento. Tratava-se de uma espécie de obelisco que seria feito em cantaria, técnica baseada no entalhamento de pedras brutas. O projeto não chegou a ser realizado. 

(1836-41) – Inclusão de cotas para a construção do monumento

Entre 1836 e 1841, a Câmara dos Deputados e a Assembleia Provincial de São Paulo incluíram cotas destinadas à construção do monumento em seu orçamento. 

...

PARA ENTENDER O MUSEU

Nesta exposição, abordam-se dois temas principais: a construção do Edifício- Monumento e as transformações do acervo no decorrer de sua história.
Quando foi criado, o Museu tinha coleções variadas de botânica, zoologia, etnologia, mineralogia. Ao longo dos anos, esses acervos foram sendo transferidos para outras instituições. Parte da coleção de arte também foi cedida para a Pinacoteca do Estado de São Paulo. O objetivo dessas transformações era fazer do Ipiranga um museu especializado em história. Além de todas essas mudanças, você poderá conhecer ainda a maquete que mostra como o edifício foi originalmente concebido. E, por meio de uma experiência imersiva, vai descobrir ainda o que é cultura material e como os pesquisadores estudam as sociedades por meio de objetos e imagens.

UMA HISTÓRIA DO BRASIL

Para visitar esta exposição é necessário percorrer três espaços diferentes do Museu: Saguão, Escadaria e Salão Nobre. Esses ambientes foram decorados com esculturas e pinturas que apresentam uma versão da formação do Brasil. As obras representam bandeirantes e personagens do início da colonização portuguesa, além de personagens e eventos ligados à Independência. Também estão expostos os vasos com águas dos rios do Brasil e a pintura “Independência ou morte!”, de Pedro Américo.
Essa área do Museu é tombada por órgãos de preservação do patrimônio, o que significa que deve manter suas características originais. Por esse motivo, a sala permanece com a mesma apresentação da época na qual as últimas pinturas foram instaladas, na década de 1960. Mas isso não impede que seja discutida e interpretada a partir de novos olhares, que são apresentados nesta exposição.

TERRITÓRIOS EM DISPUTA

Esta exposição trata da formação do território brasileiro e dos conflitos entre portugueses, indígenas, espanhóis, franceses e holandeses, durante o processo de colonização.
Aqui você encontra mapas, instrumentos utilizados para navegação e objetos de pedra que foram utilizados nesse processo de ocupação e divisão territorial.
Esses objetos e imagens deixam claras a invasão de territórios, a destruição de aldeias, as mortes e a escravização de populações indígenas.
Diversos vídeos ilustram a exposição, trazendo diferentes pontos de vista sobre a colonização.

É responsável por um grande acervo de objetosmobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro "Independência ou Morte", pintado pelo artista Pedro Américo, em 1888, recebendo em média 350 000 visitas anuais. 

Além de exposições, as atividades do Museu do Ipiranga se estendem por meio de programas educativos, como cursos e pesquisas científicas que fazem uso dos recursos humanos e do acervo permanente da instituição. A ampliação de coleções se faz por meio de doações ou aquisições e parte importante das atividades desenvolvidas no museu envolve a conservação física, estudo e documentação do acervo.

Em 1922, no período do Centenário da Independência, formaram-se novos acervos, principalmente abrangendo assuntos da História de São Paulo, e executaram a decoração interna do edifício, contando com pinturas e esculturas no Saguão, na Escadaria e no Salão Nobre que apresentassem a História do Brasil, para assim reforçar a instituição como um símbolo histórico brasileiro. 

Foi nesta época que se instalou o Museu Republicano “Convenção de Itu”, uma extensão do Museu Paulista no interior do Estado de São Paulo. Em agosto de 2013, o museu foi fechado ao público "para obras, restauros e reparos" após um estudo apontar que a estrutura do prédio estava abalada. Após nove anos de obras, o museu foi reaberto, oficialmente, em 6 de setembro de 2022, como parte das comemorações do bicentenário da Independência.

Novo museu

No total, serão expostos 3.058 itens pertencentes ao acervo do Museu, 509 itens de outras coleções e 76 reproduções e fac-símiles. A maior parte dos objetos data dos séculos 19 e 20, mas há itens mais antigos, que remontam ao Brasil colonial.

As mostras contemplam pinturas, esculturas, objetos, móveis, moedas, documentos textuais, fotografias, objetos em tecido e madeira que trazem discussões sobre a sociedade brasileira, desde a esfera íntima da casa até a vida social, e sobre o próprio museu, suas atribuições e funcionamento.

A obra

Estimada em R$ 235 milhões, a reforma deu uma cara nova ao museu e contou com recursos captados entre a iniciativa privada e pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Agora, o público encontrará um espaço moderno e acessível, com elevadores e escadas rolantes por todas as partes. As obras dobraram o tamanho do Museu e triplicaram a área expositiva, passando de 12 para 49 salas.

O novo espaço expositivo abrange todas as áreas do Edifício-Monumento, incluindo locais antes sem acesso ao público, e outros que não existiam.

O circuito conta com 70 peças multimídia, salas imersivas, espaços interativos e acessibilidade, com cerca de 390 recursos multissensoriais disponíveis para todos os públicos, como telas táteis, maquetes e réplicas ampliadas de diversos itens do acervo.

Localização e horário

O Museu do Ipiranga, localizado na Rua dos Patriotas, 20 – Ipiranga, funciona de terça a domingo, das 11h às 17h.

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